Peemedebista é suspeito de obstrução de justiça e organização criminosa
Fachin decidiu enviar denúncia ao plenário do STF

Fachin decidiu enviar denúncia ao plenário do STF
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer (PMDB), decidiu aguardar uma decisão do plenário da Corte antes de enviar o caso à Câmara dos Deputados.

Temer é suspeito de ter praticado obstrução de justiça e organização criminosa — mais oito pessoas, entre empresários e políticos do PMDB, foram denunciadas no mesmo processo. O despacho foi publicado nesta quinta-feira (14).

A sessão que decidirá se o processo vai para a Câmara está marcada para a próxima quarta-feira (20).

Neste encontro, os ministros terão que analisar um pedido da defesa de Temer sobre a "sustação de qualquer nova medida" de Rodrigo Janot contra o peemedebista. Na última quarta-feira (13), os ministros já iniciaram a discussão.

A defesa de Temer entrou com o pedido no Supremo na última sexta-feira (8), após o vazamento dos áudios de Joesley Batista, sócio da J&F, e do ex-diretor de relações institucionais da empresa Ricardo Saud. A polêmica gravação culminou na prisão provisória de ambos — convertida em preventiva pelo próprio Fachin nesta quinta-feira (14).



Se o plenário do Supremo liberar a denúncia para a Câmara na próxima quarta-feira, a Casa Legislativa é quem dará a palavra final sobre a acusação — pode aceitar ou rejeitar. São necessários ao menos 342 deputados votarem neste sentido. Antes, porém, a denúncia precisa passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que recomendará a a admissibilidade ou o arquivamento do processo.
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