Segundo as investigações, pelo menos 14 certames nacionais foram alvo do grupo, que utilizava pontos eletrônicos


A Polícia Federal está nas ruas nesta segunda-feira (18/9) para desarticular uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos. Segundo as investigações, pelo menos 14 certames nacionais foram alvo do grupo, principalmente seleções para ingresso no Poder Judiciário. Eram utilizados pontos eletrônicos.
Mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, Campinas, Sorocaba e Maceió. São dois de prisão temporária, quatro de condução coercitiva e dez de busca e apreensão. Todos expedidos pela Justiça Federal.

O nome da operação é Afronta II. A fraude foi detectada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (São Paulo), que notou irregularidades no último concurso para os cargos de analista judiciário e técnico judiciário e encaminhou os documentos à PF para instauração de inquérito. A primeira fase foi deflagrada em 2015.
Os candidatos pagam à organização criminosa dez vezes o valor do salário do cargo pretendido, pelas respostas da prova. Para apoiar os trabalhos investigativos, a Polícia Federal usou o S.P.A.D.E., sigla para Sistema de Prospecção e Análise de Desvios em Exames, software desenvolvido pela própria Polícia Federal para subsidiar apurações de fraudes em concursos públicos e exames.
O sistema é alimentado com os gabaritos dos candidatos que fizeram a prova e varre as respostas em busca de coincidências, apontando os candidatos que apresentaram maior número de coincidências nas respostas e indicando se aquelas coincidências eram ou não esperadas.
Os relatórios do sistema são encaminhados concomitantemente à perícia, para validação e análise estatística, e a policiais, para que proceda à investigação criminal.
Os investigados responderão de acordo com sua participação, pelos crimes de organização criminosa e fraude em certames de interesse público.
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