Para a mãe da criança, se houvesse maior rapidez no atendimento depois de injeção de um antiviral, tudo isso poderia ter sido evitado




Um bebê de apenas 1 ano teve o pé e as pontas dos dedos amputados após ser internado com pneumonia na Santa Casa de Franca (SP). A família do pequeno Miguel assegura que houve negligência médica. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

De acordo com Lucimar Pereira Bueno, mãe do garotinho, o procedimento de amputação teve de ser realizado por conta da aplicação errada de um antiviral e da omissão da equipe médica ante a piora do bebê enquanto ele esteve internado, de dezembro a janeiro.
Miguel ainda precisou ser internado novamente, no fim do mês passado, sendo submetido a uma traqueostomia devido aos problemas respiratórios decorrentes de uma nova pneumonia, mas se recupera bem em casa.
O episódio foi registrado como lesão corporal culposa. O responsável pelas investigações na Polícia Civil, delegado Luiz Carlos da Silva, está esperando laudo do Instituto Médico Legal (IML) e pareceres do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina (Cremesp). Segundo a Santa Casa, a amputação foi necessária porque o paciente teve uma infecção grave no organismo.

Relato
Lucimar conta que Miguel deu entrada no hospital no dia 11 de dezembro de 2017, com o diagnóstico de pneumonia e citomegalovírus, relacionado à baixa imunidade do organismo e a sintomas como febre, dor de garganta e inchaço na barriga.
Após dois dias, o bebê começou a ser tratado com um antiviral. A mãe garante que, no dia 17, a equipe aplicou a injeção no menino de forma errada e a pele começou a inflamar. Depois disso, o quadro clínico piorou e ele teve alergia, febre, vômito, inchaço nas pernas e mal funcionamento dos rins, relata a técnica de enfermagem.

Segundo a mãe, ela teve de insistir muito para que o filho pudesse ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “No dia 18, ele já ficou com a boca roxa, batimentos foram a 220, mas para a equipe médica tudo era normal. E eu em cima. Dia 19, eu ameacei chamar a polícia. Gritei que meu filho estava morrendo”, conta.
Contudo, já era tarde demais, assegura Lucimar. Nos dias seguintes, os membros inferiores e as pontas dos dedos apresentaram sinais de necrose. No dia 30 de dezembro, o pé esquerdo foi amputado. Em 13 de janeiro, as pontas dos dedos. Para ela, se houvesse maior rapidez no atendimento após a injeção, tudo isso poderia ter sido evitado. As informações são do site FanF1.

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