Além de ser uma expressão das emoções, as lágrimas são importantes para a saúde dos olhos
Aliyah Jamous, Unsplash

ato de chorar é bem mais importante para o corpo do que imaginamos. Não é bom apenas para aliviar as emoções naqueles dias tristes. Faz bem também para a saúde dos olhos. Além de lubrificá-los, o choro é considerado uma defesa do corpo contra infecções oculares.

Segundo o oftamologista Flávio Hueb, do Centro Clínico Jardim Botânico, em Brasília, as lágrimas são produzidas por glândulas localizadas nos olhos e criam uma espécie de lente que cobre a córnea – a parte mais externa do globo ocular. As lágrimas são formadas por enzimas, anticorpos e proteínas, porque sua principal função é nutrir a córnea, pois a região não é vascularizada.

Esse processo chama-se lacrimejamento basal. Ele é constante e mantém a córnea permanentemente úmida. No entanto, há outros dois mecanismos que fazem as lágrimas rolarem de fato. São eles:


Reflexo: funciona como uma resposta a algo que tenha irritado o olho, como a cebola, o gás lacrimogêneo ou o spray de pimenta. Pode surgir também a partir da exposição à luminosidade intensa, a algo que comemos ou ainda a episódios de vômito, tosse ou bocejo.
Psicogênico: ocorre sob a ação de estresses emocionais, mas não está restrito a sentimentos negativos como raiva, tristeza, luto ou dor física. Nestes casos, as lágrimas são mais ricas do que as basais e as reflexas, porque contém hormônios como a prolactina e a testosterona, entre outros.
Nestes casos, o choro tem ainda um desdobramento psicológico, que é estudado como algo comportamental, conforme explica a especialista Chris Borges. “O choro é sempre uma comunicação. Pode ser um pedido de socorro, pode ser um sinal tristeza. Na psicologia, sempre buscamos olhar o que esse choro quer nos dizer”, afirma.


Chris Borges afirma que prender o choro pode ser uma maneira de somatizar as emoções de outras formas no corpo como, por exemplo, em dores de cabeça ou de estômago. “Quando uma pessoa prende o choro, ela represa uma emoção que vai como uma carga energética para o organismo”, afirma. Fonte: https://www.metropoles.com