O CDC, dos Estados Unidos, analisou dois casos em que a falta do item de proteção foi crucial para a propagação do vírus

Desde o começo da pandemia, as academias têm sido apontadas como um dos principais ambientes de transmissão do coronavírus. Dois estudos publicados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) na quarta-feira (24/2) mostram que o uso de máscaras é determinante para garantir a segurança de profissionais e clientes.

O caso de um professor contaminado no Havaí chamou a atenção dos pesquisadores. Dois dias antes de começar a apresentar sintomas, ele deu uma aula de ioga para 27 pessoas, enquanto usava máscara. Nenhum aluno foi contaminado. Algumas horas antes do primeiro sintoma aparecer, o mesmo professor deu aula de spinning para 10 pessoas e ninguém estava de máscara. Todos foram contaminados.

Já em uma academia de Chicago, em uma semana, 60% dos clientes e 7% dos atendentes foram infectados pelo vírus que provoca a Covid-19. O local obriga os alunos a passar por uma checagem de temperatura na porta, mas é permitido que se remova a máscara durante o exercício. A Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda o uso de máscara durante a prática de atividades físicas.

Segundo o estudo, “o aumento da frequência respiratória que acontece dentro do espaço fechado das academias facilita a transmissão do vírus”. Para evitar mais casos, o CDC recomenda que os alunos continuem mantendo distância de 2 metros de outras pessoas, que as academias aumentem a ventilação e encorajem a equipe e os frequentadores a respeitar a quarentena e o protocolo de isolamento caso tenham sido expostos ao vírus ou apresentem sintomas.


A agência de saúde não crava, entretanto, a obrigatoriedade do uso de máscaras, mas recomenda que elas sejam usadas pelas equipes de funcionários.


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