Ministro defendeu aprovação da PEC Emergencial, que cria dispositivos para evitar o desequilíbrio fiscal e abre caminho para o pagamento do auxílio emergencial.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (2) que a tentativa de '"empurrar custo" para gerações futuras é o "caminho da miséria, da Venezuela e da Argentina".


Guedes participou de uma entrevista do podcast Primocast. Ele deu a declaração em um momento da entrevista em que defendia a adoção de contrapartidas para novos gastos governamentais. Ele também defendeu a aprovação da proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC Emergencial.

A equipe econômica vê a aprovação da PEC Emergencial como uma maneira de viabilizar os pagamentos de uma nova rodada do auxílio emergencial. A PEC cria uma série de dispositivos que buscam evitar o desequilíbrio fiscal e que devem ser acionados sempre que os gastos públicos ultrapassarem determinados limites.


Desde o início do ano, governo e Congresso discutem maneiras de criar algum tipo de compensação nas contas públicas para os gastos com o auxílio. Para Guedes, a conta não pode ser postergada em forma de dívida pública.

“Tentar empurrar o custo para outras gerações, juros começam a subir, acaba o crescimento econômico, endividamento em bola de neve, confiança de investidores desaparece. É o caminho da miséria, da Venezuela, da Argentina”, disse o ministro.


O presidente Jair Bolsonaro disse na semana passada que o novo auxílio emergencial deve ser de quatro parcelas de R$ 250. O objetivo é ajudar trabalhadores informais afetados economicamente pela pandemia de Covid-19.


Guedes lembrou de medidas que o governo aprovou de contenção de gastos, como a reforma da Previdência, de 2019, e o impedimento de reajuste de salários de servidores durante a pandemia.

"Então, toda vez que a gente faz uma coisa aqui, a gente tenta por outro lado pagar a nossa guerra, em vez de fugir covardemente”, continuou o ministro.

g1.globo.com