Prisões aconteceram na quinta (27). Outros cinco suspeitos de aplicar o mesmo golpe já tinham sido presos na segunda (24).



Outras cinco pessoas foram presas em flagrante vendendo falsas cartas de crédito contempladas, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na quinta (27). O grupo foi indiciado por estelionato e associação criminosa (veja vídeo acima).

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Na quarta (26), o g1 noticiou a prisão de outras cinco pessoas em uma operação semelhante. Embora elas pertençam a empresas diferentes, o método para a aplicação de golpes era igual, segundo a Polícia Civil.


Como funciona o golpe:

Vendedores ofereciam produtos, como veículos e imóveis, abaixo do preço de mercado em anúncios na internet e por ligações telefônicas;
Eles atraíam as vítimas até a sede da empresa para efetuar a suposta venda;
Quando as vítimas chegavam ao local, informavam que o bem já tinha sido vendido e ofereciam as cartas de crédito contempladas;
No contrato, a venda se tratava de um consórcio comum e o valor investido para a compra da carta contemplada era definido como "taxa administrativa";
Após aguardar um prazo entre 10 e 15 dias, as vítimas eram informadas de que não tinham sido contempladas com o consórcio e que precisariam fazer novos investimentos;
Caso pedissem o estorno do valor investido, recebiam a resposta de que o contrato não permitia a devolução da "taxa administrativa".


A segunda operação aconteceu após denúncias de vítimas que compareceram à delegacia de Boa Viagem relatando práticas criminosas realizadas por uma empresa que veiculava anúncios falsos em plataformas de compra e venda online.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, foram realizados, pelo menos, 15 registros de ocorrências contra uma empresa identificada como “Fourr Investimentos/Reserva”, todos relatando o mesmo formato de golpe.


Durante as investigações, a polícia identificou que a empresa utilizava um endereço diferente do registrado no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Segundo a Polícia Civil, esta é uma prática comum entre empresas fraudulentas dessa natureza.

Os materiais apreendidos durante a operação incluem notebooks, diários de anotações, contratos e celulares. O g1 tentou contato com a empresa Fourr Investimentos, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.


Alerta
Ao g1, o delegado titular de Boa Viagem e responsável pelas investigações, Alessandro Orico, reforçou que a legislação brasileira não permite a venda de carta de crédito contemplada. Segundo ele, este é o primeiro sinal de alerta para que a população não caia no golpe.

“É ilegal, nenhuma empresa de consórcio pode vender isso, já é um fato que a população deve desconfiar. Não [se deve] assinar nenhum contrato sem ler ou levar a cópia desse contrato para levar para uma pessoa que entenda”, disse o delegado.
Ainda de acordo com Alessandro Orico, os criminosos têm grande habilidade de persuasão, além de uma metodologia definida para a aplicação do golpe, impactando o emocional das vítimas e levando a decisões imprudentes.

“Elas fazem aquela conversa de vendedor. Perguntam: ‘Quais são os seus sonhos? O que é que você deseja? Qual é a sua pretensão?’ E aí vem a oferta da carta de crédito. Eles perguntam quanto a pessoa tem disponível e, em cima disso, é que eles ‘comem’ o dinheiro da taxa de administração”, declarou.



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