Atualmente, no Brasil, o aborto é considerado crime, exceto em situações específicas, como gravidez resultante de estupro, risco à vida da mulher ou anencefalia do feto.

Uma pesquisa encomendada pelo jornal O Globo e realizada pelo IPEC revela que 7 em cada 10 brasileiros são contrários à legalização do aborto, tema que atualmente está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).


Os resultados da pesquisa mostram que a maioria da população brasileira, equivalente a 70%, se opõe à ideia de descriminalizar o aborto, enquanto cerca de 20% expressam apoio à legalização. Outros 8% dos entrevistados afirmaram que não têm uma posição definitiva sobre o assunto, e 2% não souberam responder.

O levantamento, que ouviu a opinião de 2.512 pessoas entre os dias 9 e 11 de setembro do ano passado, em 158 municípios, reflete a divisão de opiniões em relação ao tema.

O julgamento sobre a legalização do aborto no STF foi suspenso e transferido do plenário virtual para o presencial. O ministro Luís Roberto Barroso solicitou o destaque, e o caso será levado ao plenário físico. A ministra Rosa Weber, que estava conduzindo o julgamento, se aposentará compulsoriamente na próxima semana ao atingir a idade de 75 anos, e o Ministro Barroso assumirá a relatoria.


A decisão da ministra Weber de transferir o julgamento para o plenário presencial foi criticada por vários setores, incluindo parlamentares, jornalistas e organizações pró-vida.


A ação que está sendo julgada no STF, proposta pelo partido PSOL em conjunto com a ONG Instituto Anis, busca permitir que as mulheres tenham o direito de decidir sobre a interrupção da gravidez indesejada até as 12 semanas de gestação, independentemente das circunstâncias. Essa proposta é frequentemente chamada de “aborto jurídico” e é alvo de debate na sociedade, já que muitos acreditam que qualquer alteração na lei deve ser feita pelo Poder Legislativo e não pelo Poder Judiciário.

Além disso, outra pesquisa realizada pelo Datafolha em julho deste ano mostrou que a maioria dos brasileiros não acredita que o aborto deva ser uma decisão exclusiva da mulher. Para 52% dos entrevistados, a interrupção da gravidez não deve ser considerada um direito de escolha da mãe.


Da redação do Portal com Informações do Site Guiame


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