Pangea Ultima, novo supercontinente que pode se formar em milhares de anos, superaquecendo a Terra
Universidade de Bristol/Divulgação
Amy Woodyattda CNN

Londres, Reino Unido


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Previsão foi feita utilizando primeiros modelos climáticos de supercomputadores e pode se concretizar em 250 milhões de anos

A formação de um novo “supercontinente” poderá exterminar os humanos e todos os outros mamíferos ainda vivos dentro de 250 milhões de anos, de acordo com um estudo divulgado recentemente.

Eles descobriram que o lugar poderá ser extremamente quente, seco e praticamente inabitável para humanos e mamíferos, que não evoluíram para lidar com a exposição prolongada ao calor excessivo.

Os pesquisadores simularam tendências de temperatura, vento, chuva e umidade para o supercontinente e usaram modelos de movimento de placas tectônicas, química oceânica e biologia para calcular os níveis de dióxido de carbono.


Ainda de acordo com o estudo, não só a formação de Pangea Ultima levaria a erupções vulcânicas mais regulares, expelindo dióxido de carbono na atmosfera e aquecendo o planeta, mas o sol também se tornaria mais brilhante, emitindo mais energia e aquecendo ainda mais a Terra, observaram especialistas no artigo, publicado na última segunda-feira (25) na revista Nature Geoscience.

“O supercontinente poderia criar um golpe triplo que compreenderia o efeito da continentalidade, sol mais quente e mais CO2 na atmosfera”, disse Alexander Farnsworth, pesquisador associado sênior da Universidade de Bristol e principal autor do artigo.


“Temperaturas entre 40ºC e 50ºC e extremos diários ainda maiores, agravados por elevados níveis de umidade, acabariam por selar o nosso destino. Os humanos – juntamente com muitas outras espécies – morreriam devido à sua incapacidade de liberar esse calor através do suor para resfriar seus corpos”, acrescentou Farnsworth.

O aumento do calor, observou Farnsworth, criaria um ambiente sem fontes de alimento ou água para os mamíferos.


Embora existam grandes incertezas ao se fazer previsões para um futuro tão distante, os cientistas disseram que o quadro parece “muito sombrio”, com apenas cerca de 8% a 16% das terras do supercontinente habitáveis ​​para mamíferos.


O dióxido de carbono pode atingir o dobro dos níveis atuais, de acordo com o relatório, embora esse cálculo tenha sido feito com base na suposição de que os humanos parem de queimar combustíveis fósseis agora, “caso contrário, veremos esses números muito, muito mais cedo”, explicou Benjamin Mills, professor de Evolução do Sistema Terrestre na Universidade de Leeds e coautor do estudo.


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Esta perspectiva não é desculpa para complacência quando se trata de enfrentar a crise climática atual, alertaram os autores. As alterações climáticas causadas pelo homem já estão resultando em milhões de mortes no mundo todos os anos.


“É de vital importância não perder de vista a nossa atual crise climática, que é resultado das emissões humanas de gases com efeito de estufa”, citou a coautora Eunice Lo, pesquisadora de alterações climáticas e saúde na Universidade de Bristol.

“Embora prevermos um planeta inabitável dentro de 250 milhões de anos, hoje já vivemos um calor extremo que é prejudicial à saúde humana. É por isso que é crucial atingir emissões líquidas zero o mais rápido possível”, acrescentou Lo.


As alterações climáticas estão em vias de transformar a vida na Terra, com bilhões de pessoas e outras espécies chegando a locais que não podem se adaptar, a menos que o aquecimento global seja drasticamente abrandado, de acordo com um importante relatório apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) publicado no ano passado.


Os cientistas alertam há décadas que o aquecimento precisa ficar abaixo de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, com a janela para reduzir a nossa dependência de combustíveis fósseis e evitar mudanças catastróficas que transformariam a vida que temos hoje.


A última extinção em massa ocorreu há cerca de 66 milhões de anos, quando um asteroide colidiu com a Terra e matou os dinossauros e a maior parte da vida no planeta.

Fonte: cnnbrasil.com.br

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