Investidores aguardam decisões de juros no mundo todo, digerem dados de emprego e acompanham debates sobre metas fiscais

O Ibovespa fechou em alta de 0,54% nesta terça-feira (31), aos 113.143,67 pontos. No acumulado de outubro, contudo, o índice registrou queda de 2,92%. Na última sessão do mês, que terminou no azul após duas sessões em queda, destaque para desempenho da Ambev (+ 4,05%) e da Vale (+ 1,2%) por conta das divulgações de seus balanços trimestrais.

Investidores operaram em compasso de espera pelas decisões de juros no mundo todo, digerindo dados de emprego e acompanhando o cenário fiscal e a temporada de resultados do terceiro trimestre.

A Ambev informou um salto de 19,3% no lucro líquido em uma base orgânica, uma vez que os preços mais baixos do alumínio e as taxas de câmbio favoráveis compensaram uma queda nos volumes de vendas em comparação com o ano anterior.

Já a taxa média de desemprego no Brasil foi de 7,7% no trimestre móvel entre julho e setembro, conforme informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O número de ocupados atingiu um patamar recorde na série histórica da Pnad, em 99,8 milhões de pessoas.

Enquanto isso, investidores seguem acompanhando o cenário fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que “não ficou bravo” com as perguntas da imprensa sobre a possível mudança na meta de zerar o déficit fiscal das contas do governo em 2024, mas evitou novamente responder sobre o assunto.

O titular da pasta foi questionado por jornalistas na manhã desta terça-feira (31), ao sair do prédio da Fazenda para um compromisso no Palácio do Planalto.

Política monetária

Amanhã, o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) divulgam suas decisões de política monetária.


Os “mercados globais estão operando com viés predominantemente positivo, ameaçando dar sequência à melhora verificada neste início de semana na véspera de mais uma decisão do Fomc”, disse a Guide Investimentos em relatório a clientes, citando expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) não elevará mais sua taxa de juros após dados desta manhã mostrarem desaceleração da inflação e do crescimento da zona do euro.

Por outro lado, a Guide também destacou dados fracos da atividade fabril da China e temores em torno da “narrativa de que a guerra (entre Israel e Hamas) deve tomar maiores proporções no mundo árabe”.

O destaque da semana, no entanto, é o encontro de dois dias do Federal Reserve, em que o banco central dos EUA provavelmente deixará os custos dos empréstimos inalterados.

“Uma vez que não é esperada nenhuma alteração nos juros, as atenções estarão voltadas para a sinalização dos próximos passos da autoridade”, disse o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco em relatório.

Em geral, quanto mais rígido é o banco central dos Estados Unidos na condução da política monetária, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente.

Já no Brasil, o Copom provavelmente cortará os juros básicos em meio ponto percentual, a 12,25%, na quarta-feira, mantendo um ritmo cauteloso de afrouxamento monetário diante do agravamento de riscos externos, previram economistas consultados pela Reuters

Fonte: cnnbrasil.com.br

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