Ao menos três funcionários de uma policlínica estão sendo investigados por atenderem traficantes de drogas de forma clandestina na praia de Porto de Galinhas, que fica no município de Ipojuca, no Grande Recife.


Um dos envolvidos é o coordenador da unidade, que, de acordo com a Polícia Civil, recebia propina dos criminosos para fornecer o serviço sem informar às autoridades policiais. O grupo também é suspeito de desviar medicamentos.

As informações sobre o caso foram divulgadas durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (3). Na segunda (29), a polícia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na policlínica e em endereços ligados aos funcionários, incluindo o coordenador da policlínica, um assessor dele e um porteiro.

O esquema, segundo a corporação, acontecia também na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Porto de Galinhas. Procurada pelo g1, a Secretaria de Saúde de Ipojuca disse que vai abrir um procedimento administrativo para apurar as denúncias

"É muito comum esses traficantes já terem mandados de prisão expedidos contra si. Eles não podem procurar uma unidade de saúde porque, quando vão verificar, eles [os profissionais de saúde] têm que fazer essa comunicação à polícia. O esquema era exatamente esse: eles serem atendidos de maneira informal, algumas vezes até em sua própria residência, e, em troca disso, repassarem valores para essas pessoas", contou o delegado Ney Luiz Rodrigues.

Segundo o delegado, a propina foi paga como doações para festas organizadas pelo coordenador da policlínica na comunidade. "Esses valores foram doados com dinheiro dos traficantes. (...) Não foi muita coisa, em torno de R$ 600, R$ 650", disse.

Ainda de acordo com o delegado, o esquema começou a ser investigado no ano passado, depois que o filho de uma funcionária da unidade mandou matar uma pessoa que tinha discutido com ela.


"No curso dessas investigações, descobrimos que ela era funcionária [da policlínica] e descobrimos esse esquema criminoso", afirmou Ney Luiz Rodrigues.

Desvio de medicamentos

Os investigadores também encontraram alguns remédios nas residências dos suspeitos. A suspeita é que os medicamentos tenham sido furtados da policlínica de Porto de Galinhas.


"É uma quantidade expressiva de medicamentos. A gente está analisando, mas acredita, sim, que eles foram subtraídos. Inclusive, esse porteiro já tinha sido transferido da UPA de Porto de Galinhas para a policlínica porque era suspeito de furtar medicamentos", disse o delegado.

Ainda de acordo com Ney Luiz Rodrigues, o coordenador da policlínica é um advogado, que se candidatou ao cargo de conselheiro tutelar no ano passado. Segundo as investigações, ele montou um esquema de compra de votos durante a campanha.


Os suspeitos, conforme a polícia, são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas, peculato e corrupção passiva.

O que diz a Secretaria de Saúde de Ipojuca

Procurada, a Secretaria de Saúde de Ipojuca informou que:


Afastou os funcionários envolvidos no caso;

É "veementemente" contra qualquer tipo de delito ou situação que possa refletir na má utilização de recursos públicos;

Dá total apoio às investigações realizadas pela Polícia Civil;

Seguirá com um processo administrativo para apurar as denúncias "assim que tiver total conhecimento da investigação em curso".

Fonte: g1.globo.com/pe

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