Dados de 23.317 pessoas foram analizados para a realização do estudo
Jovem fumando maconha.

O efeito da cannabis sobre cérebro de adolescentes, quando o órgão ainda está em desenvolvimento, é pouco conhecido. Trata-se de um tema difícil de pesquisar, afinal existem questões morais quando se fala em testar a maconha em adolescentes. Por isso, a maioria dos estudos é feito em animais.


Contudo, uma nova pesquisa realizada por especialistas, reuniu e analisou a fundo 11 estudos internacionais publicados desde a década de 1990, foi publicada na revista científica JAMA Psychiatry.



Os dados compilados pelos autores indicam que fumar maconha aumentou em 37% o risco de depressão na fase adulta para 23.317 participantes do estudo. Além disso, estes mesmos adolescentes demonstraram 50% mais chances de apresentarem pensamentos suicidas e uma taxa de tentativa de suicídio três vezes maior do que os que não usaram maconha.

Uma das autoras da pesquisa, Andrea Cipriani, psiquiatra da Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmou: “Nossas descobertas sobre depressão e tendências suicidas são muito relevantes para a prática clínica. Apesar de saber que os efeitos negativos da cannabis podem variar entre adolescentes, e não seja possível prever o risco exato para cada um, o uso disseminado de cannabis pelos jovens faz com que seja um problema de saúde pública.”



A metodologia do levantamento foi dividir os jovens em dois grupos. O primeiro era composto de pessoas que usaram maconha até os 18 anos de idade e o segundo por aqueles que não tiveram contato com a droga neste mesmo período.

Utilizando sofisticadas análises estatísticas, os pesquisadores conseguiram medir o impacto real da cannabis na vida adulta (até os 32 anos) dos participantes.  A conclusão é que, embora exista muitas campanhas que tentam divulgar os supostos benefícios da droga, ela tem uma influência bastante negativa no comportamento dos jovens.



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